O evento é de uma dimensão gigantesca, bem como sua importância para o desenvolvimento mundial e para o avanço das democracias. Foram quatro dias de debates, discussões, reflexões e articulações para fortalecer a rede mundial de instituições que atuam com cidadania fiscal e combate a corrupção. Quase 60 horas voltados para estes temas.
Dentre os temas expostos no evento, podemos presenciar discussões sobre transparência pública, participação cidadã, corrupção empresarial e pública, fortalecimento das ONG que atuam contra a corrupção, Lei de acesso á informação, dentre outros. Foi uma oportunidade única e que, vai demorar, para acontecer em nosso país de novo, já que o evento é bianual e a cada edição acontece em um país diferente.
Talvez, dentre os diversos objetivos almejados pelo evento, a articulação para motivar as pessoas a participarem ativamente em ações de controle social, sem vinculação com a política partidária e isenta de interesses pessoais e corporativos, seja o de maior relevância, pois, é consenso, que somente através da intensa participação cidadã, poderemos reverter esse quadro.
Dentre os ensinamentos que pudemos ter neste evento, gostaria de citar aqui, alguns escritos pelo Evandro Carlos Gevaerd, Diretor Executivo do Observatório Social de Brusque/Pr, em seu texto no nosso grupo de debate, os quais concordo plenamente:
A corrupção se beneficia do mau uso do processo democrático.
Onde existe poder concentrado, inclusive de ideias, é campo favorável à corrupção.
A corrupção é um sintoma de uma doença maior, que é a incapacidade das instituições.
Concentração de poder é nocivo ao estado democrático.
Vamos exigir cada vez mais, especialmente dos novos políticos, compromisso com a ética e a ampla participação da população.
Quando representantes da Sociedade civil enfrentam o sistema corruptivo de uma determinada administração, muitas vezes são criminalizados pelo sistema (ou por agentes do sistema) ou há tentativa de desqualificar esses representantes, no intuito de desqualificar a credibilidade de suas denúncias.
Atualmente vemos que as pessoas que se indignam não são agentes políticos, ou que pertençam a quadros políticos... são pessoas bem informadas que querem mais justiça social, especialmente o fim da corrupção e incompetência.
Dar poder às pessoas para realizarem mudanças.
Corrupção envolve milhões de pequenos problemas, que devem ser corrigidos de baixo para cima.
Muitas pessoas não acreditam nas suas capacidades de transformar as coisas, então temos que inspirá-las...
A corrupção legal explora a ignorância e passividade do povo. Uma sociedade que tem disponível uma educação forte está menos vulnerável. A existência de uma imprensa livre contribui para combater a corrupção.
Para mais informação ou para participar do Observatório Social de Santo Antônio de Jesus, ligue 75 3632 8836 ou nos procure no Facebook: Observatório Social de Santo Antônio de Jesus
Fonte: Prof. André Gustavo Barbosa - Blog Voz da Bahia, 22/11/2012.
http://www.vozdabahia.com.br/index/colunas/id-55829/a_sociedade_contra_a_corrupcao
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