Segundo pesquisa lançada pela Endeavor Brasil, esses 4% da população brasileira têm maior renda mensal e são mais escolarizados.
Empreendedores com funcionários correspondem a 4% da população brasileira, revela estudo sobre a cultura empreendedora no Brasil, realizado pela Endeavor Brasil com o apoio da Ibope Inteligência. Além disso, essa é a parcela populacional com maior sucesso profissional e mais escolarizada. Em geral, inicia os negócios por oportunidade e sonha grande, e, portanto, alcança rendas maiores. Como mostra a pesquisa, a renda familiar desse perfil de empreendedor é a mais alta entre todos os brasileiros: R$ 3.410,02, contra R$ 1.648,81 dos empreendedores sem funcionários.
Quanto à escolaridade, 24% dos empreendedores com funcionários completou o ensino superior, enquanto a média dos empreendedores em geral é de 16%. Este dado demonstra, segundo a pesquisa, que diferentes perfis de empreendedores têm diferentes necessidades educacionais. Como apresentam níveis mais elevados de formação e uma vida mais estável,empreendedores com funcionários demandam conselhos mais estratégicos sobre crescimento. Por outro lado, empreendedores sem funcionários ou informais enfrentam problemas menos complexos – por isso, enquanto não atingem o estágio seguinte, se satisfazem com treinamentos mais elementares.
Ainda assim, empreendedor ou não, formal ou informal, o brasileiro tem um grande déficit educacional a suprir. Isso fica evidente quando são relacionados os principais problemas do cotidiano empreendedor. Entre os quatro maiores problemas enfrentados pelos empreendedores brasileiros, três estão ligados à falta de conhecimento, principalmente nos quesitos: gestão de pessoas, fluxo de caixa e como administrar um negócio. Outra informação divulgada na pesquisa é que muitos acreditam que o empreendedorismo é algo intrínseco e particular e, portanto, colocam o preparo e o treinamento em segundo plano. Praticamente todos os empreendedores afirmam conhecer o SEBRAE e o Sistema S (SENAC, SESI e SESC), mas apenas 46% dos proprietários de negócios formais já teve algum tipo de relacionamento com SEBRAE. O mesmo percentual fica em 31% entre os informais.
A pesquisa mapeou ainda os principais perfis de empreendedores e potenciais empreendedores no pais, destacando nove tipos, detalhando suas características mais relevantes e diferentes maneiras de apoiá-los. Entre os empreendedores formais, destacam-se quatro perfis:
Apaixonado: a maioria é mulher, entre 25 e 35 anos. Em geral, possui empresas nas áreas de saúde, estética e venda de acessórios. Enfrenta dificuldades burocráticas e falta de investimento. Poderia se beneficiar de cursos sobre acesso a capital, inovação e networking.
Antenado: geralmente jovem e com maior renda familiar. Enfrenta obstáculos de conhecimento e investimento. Necessita de mentoring e coaching, além de ajuda com recursos humanos.
Independente: empreendedor mais maduro e estável. Não acessa muito a Internet, portanto precisa de conteúdo por meio de revistas e ou jornais. Para resolver problemas financeiros, requer educação sobre linhas de financiamento e oportunidades de acesso a capital.
Arrojado: a maioria é comporta por homens com maiores rendas pessoal e familiar. Para crescer, precisaria de ajuda sofisticada e mentoring/networking com especialistas para resolver problemas de conhecimento empresarial, obstáculos financeiros e pessoais.
Além desses, a pesquisa traz ainda os perfis possíveis daqueles que querem ser empreendedores, mas ainda não são, e os representantes dos empreendedores informais. O intuito da pesquisa, ao mostrar o quanto empreendedores e empresas são heterogêneos, é que as instituições de apoio ao empreendedorismo pensem em produtos e serviços mais focados e ofereçam um apoio adequado a cada grupo.
Fonte: Endeavor MAG, 26/03/2013.
http://www.endeavor.org.br/endeavor_mag/estrategia-crescimento/cenarios-e-tendencias/empreendedores-com-funcionarios-tem-maior-sucesso
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