terça-feira, 22 de outubro de 2013

Futuro: os próximos 15 anos segundo Global Trends

 

O Intelligence National Council, órgão ligado à Intelligence Community (IC) dos Estados Unidos, que realiza tarefas de análise estratégica a médio e longo prazo, publicou o novo relatório sobre a evolução político- económica global para os próximos 15 anos: Global Trends 2030: Alternative Worlds("Tendências Globais 2030:  Os Mundos Alternativos").

O documento fornece orientações para os decisores políticos e os agentes económicos sobre a evolução da situação mundial, examinando as frentes geopolíticas com particular atenção às questões de segurança nacional.

Como primeira coisa, vamos ver quem é esta Intelligence Community, o "editor" da publicação por assim dizer.

A Comunidade da Inteligência e a inteligência do Director 

A IC é uma federação de 16 diferentes agências governamentais que trabalham separadamente e em conjunto para realizar as actividades de intelligence consideradas necessárias para a condução das relações externas e da segurança nacional dos Estados Unidos. As organizações membros da IC incluem agências deintelligence militares, civis e departamentos de análise. A IC é liderada pelo Director da Inteligência Nacional (DNI), que trabalha directamente pelo Presidente dos EUA.

Actualmente, o Director é James R. Clapper. Ex militar, o homem deve ser um génio ou algo parecido.
Em 2003, Clapper, então director da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial, tentou explicar a ausência de armas de destruição em massa no Iraque afirmando que estas tinham sido "inquestionavelmente" enviadas fora do Iraque, com destino a Síria e outros Países, antes da invasão norte-americana.

Em 2010, durante uma entrevista com a jornalista Diane Sawyer da ABC News, Clapper admitia desconhecer completamente o facto de doze supostos terroristas terem sido presos na Grã-Bretanha no início do dia. Nada mal, afinal já era Director do serviço nacional de espionagem.

Em Fevereiro de 2011, enquanto as manifestações queriam derrubar a presidência do Presidente Mubarak no Egipto, Clapper tranquilizou o Congresso:
O termo 'Irmandade Muçulmana' é um termo genérico para uma variedade de movimentos, no caso do Egipto, um grupo muito heterogéneo [...] que tem evitado a violência e já denunciou Al-Qaeda como uma perversão do Islão. Eles têm prosseguido fins sociais, uma melhoria da ordem política no Egipto.
James R. Clapper
Em Março de 2011, Clapper foi ouvido pelo Comité dos Serviços Armados dos EUA e comentou a guerra civil da Líbia afirmando que "a longo prazo" Khadafi "irá prevalecer".

Em 12 de Março de 2013, numa audiência no Congresso, o senador Ron Wyden perguntou ao Diretor Clapper:
"Será que a NSA recolhe algum qualquer tipo de dados acerca de milhões ou centenas de milhões de norte-americanos?"
e Clapper respondeu: "Não, senhor".
Wyden insistiu: "Nenhum mesmo?"
mas Clapper foi irremovível:"Não intencionalmente. Há talvez casos em que os dados podem ser inadvertidamente recolhidos, mas não conscientemente".

Não admira ter sido escolhido pelo Presidente Obama para liderar a Intelligence Community: o curriculum mostra todas as qualidades necessárias (não sabe, se sabe mente e quando tenta acertar falha) para um cargo tão delicado. Portanto, vale a pena ler com atenção as previsões deste Global Trends 2030, na esperança que não tenha sido Clapper a escreve-lo.

Global Trends 2030

Neste relatório são destacados:
  • quatro mega-tendências globais que caracterizam os tempos próximos
  • seis pontos críticos essenciais que devem ocorrer devido às mudanças radicais na composição do equilíbrio internacional de poder
  • quatro resultados prováveis ​​das mudanças que ocorrem nos contextos regionais e internacionais.
As mega-tendências

As mega-tendências individuadas no documento são:

Individual Empowerment (Empoderamento individual): Este fator irá acelerar, graças à redução da pobreza, ao crescimento da classe média do mundo, uns mais altos níveis de educação, o uso generalizado das novas tecnologias de comunicação e de produção e as melhorias na área da saúde.

Diffusion of Power (Difusão do poder): As próximas décadas serão marcadas por um poder hegemónico já não concentrado num só País ou região. O poder será mais generalizado. Vamos entrar numa era de poderes multi-polares que vão competir para obter a liderança mundial.

Demographic Patterns (Padrões demográficos): O arco de instabilidade demográfica irá travar. O crescimento económico vai diminuir nos Países muito "envelhecidos". Sessenta por cento da população mundial viverá em áreas urbanas e aumentará a migração. Os Países mais envelhecidos, menos dinâmicos do que os "mais jovens", terão de enfrentar uma difícil batalha para manter os padrões de vida.

Food, Water, Energy nexus (Alimentos, água, nós energético): O aumento da população mundial irá incrementar a procura por tais recursos. Será necessário resolver os problemas relacionados com a escassez dos bens e das matérias-primas, tanto do lado da oferta quanto do lado da procura.

Os pontos críticos

Os principais problemas decorrentes das situações acima descritas, abrem novos interrogativos. 
Nomeadamente, os seis pontos indicados como pontos críticos essenciais.

Crisis-Prone Global Economy (Propensão para crises da economia global): A volatilidade global e os desequilíbrios entre jogadores com diferentes interesses económicos irá provocar um colapso do sistema mundial? Ou a multipolaridade conseguirá trazer uma ordem económica mais resistente?

Governançe Gap (Falha na governação): Governos e instituições serão capazes de se adaptar de forma suficientemente rápida para aproveitar das mudanças ou serão derrotadas por estas?

Potential for Increased Conflict (Potencial para um aumento da conflictualidade): A rápida mudança e os movimentos de poder podem causar mais conflitos entre os Estados ou no interior dos Estados?

Wider Scope of Regional Instability (Mais amplo espectro de instabilidade regional): A instabilidade regional, especialmente no Oriente Médio e no Sul da Ásia, irá explodir, criando uma maior insegurança global?

Impact of New Technologies (Impacto das novas tecnologias): As inovações tecnológicas irão crescer de forma adequada para aumentar a productividade económica e resolver os problemas causados ​​pelo crescimento da população mundial, a rápida urbanização e a mudança climática?

Role of the United States (Papel dos Estados Unidos): Os EUA serão capazes de trabalhar com novos parceiros para reinventar um sistema internacional, equilibrado e eficiente?

Os futuros possíveis

Stalled Engines (Motores Parados): No pior dos cenários, irá aumentar o risco de conflito entre Estados. O EUA irão ocupar-se cada vez menos do exterior e o processo de globalização irá parar, com consequências não totalmente imagináveis.

Fusion (Fusão): No cenário mais optimista, EUA e China (a Ásia, de acordo com o relatório, em 2030 superará EUA e Europa para poder global, gastos militares, crescimento da população e investimentos em tecnologia, enquanto já nos próximos anos será a maior economia do mundo) vão colaborar acerca duma série de questões, o que levará a uma cooperação global mais ampla.

Gini-Out-of-the-Bottle: (Fora de controle)As desigualdades podem explodir, alguns Países podem ganhar o desafio, outros vão falhar. O aumento da desigualdade no interior dos Países vai trazer a eclosão de tensões sociais. Sem um desempenho total, no entanto os EUA vão perder o papel de "polícia do mundo".

Nonstate World (Mundo não-estatal): impulsionados pelas novas tecnologias, os actores não-estatais (ou seja sub-nacionais, como cidades, organizações e ricos privados) tomarão a iniciativa de enfrentar os desafios globais .


A síntese extrema de Global Trends 2030 é que, ao longo das próximas três décadas, o mundo como nós o conhecemos agora irá definitivamente mudar, transfigurando-se diante dos nossos olhos, sacudindo crenças estabelecidas há muitos e ultrapassadas, principalmente no Ocidente. São as mesmas crenças que forjaram, há mais de 50 anos, o modo de vida de todos nós.

Estamos numa fase de transição, com todos os riscos que isso implica: uma sensação de caos, verdadeiro ou percebido, algo natural perante a perda de pontos de referência que, ao longo de duas gerações (pelo menos) tinham permitido desenvolvimentos mais ou menos previsíveis.

Mas é o fim dum mundo, não o fim do mundo .

Talvez o dado mais importante seja outro: com a entrada dos Países numa fase multipolar (que nesta altura parece irreversível) o "momento unipolar" americano está concluído e Global Trends faz questão de realçar este aspecto. A Pax Americana, a era do domínio norte-americano na política internacional, algo que começou em 1945, está terminando. E aintelligence dos EUA apresenta isso não como mera possibilidade mas como facto inevitável. No entanto, a transição pode ser bastante dramática, porque os EUA preservam uma incontestável superioridade militar: e isso poderia determinar uma gestão da transição com pouca clarividência e "agitação" excessiva.

O problema é este: uma vez assumido o percurso de declínio, terão os EUA a capacidade de reposicionar-se no tabuleiro global? É muito difícil responder, pois além de escolha, será também uma questão de necessidade: a crise económica interna, as desigualdades, o crescente fenómeno da imigração, o redimensionamento dos tradicionais aliados, tudo isso impede conhecer em antemão qual a atitude de Washington perante a mudança.

Nos próximos 15 anos, portanto, a Casa Branca poderá contar com menos amigos no Velho Continente, tal como no mundo em geral; até mesmo a Nato terá que reinventar-se para não perder qualquer sentido. Num mundo multipolar, a palavra-chave será "colaboração", seja ela local ou global. Ou isso ou uma fase de desordem e caos que poderá dominar o mundo até o surgimento dum novo equilíbrio. Pois afinal toda a História é isso: a passagem duma fase de temporário equilíbrio para outra.


Ipse dixit.

Fontes: Global Trends 2030: Alternative Worlds (ficheiro Pdf, inglês), Wikipedia (versão inglesa)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O que a moda do “ganhe dinheiro agora” está fazendo com o sonho dos empreendedores

Fonte: www.jornaldoempreendedor.com.br
17 de outubro de 2013

Se você vive na internet já deve ter se dado conta de uma série de soluções que estão surgindo todos os dias prometendo ganhos financeiros extraordinários. Com o empreendedorismo bombando no Brasil, muitas pessoas estão investindo em cursos, treinamentos e empresas para fazer parte do maior movimento pró-empreendedorismo já visto no nosso país. O problema é que existe um sabor de “faz de conta” e de “sonho” em toda essa propaganda veiculada distraindo a maior parte dos empreendedores iniciantes.

 Para se construir empreendedor acredito que seja preciso passar por quatro estágios antes de começar a “acertar a mão”:

1. O primeiro estágio é o da busca pela liberdade, onde o empreendedor se vê em uma situação insuportável da vida e quer a liberdade. O problema é que neste estágio, o empreendedor pensa que é o dinheiro que lhe dará a liberdade e investe pesado em alternativas rápidas para solucionar o seu problema. 2. No segundo estágio, o empreendedor está frustrado com suas escolhas anteriores e vive o conflito entre o possível e o impossível, comparando a sua capacidade de empreender com a de outros empreendedores que atingiram os objetivos que ele almejava. Aqui ele faz uma busca por mais informação e procura se conectar a pessoas com menos marketing e mais resultados.

3. Informado e já “gato escaldado”, o empreendedor agora busca a liberdade tentando alinhar uma boa ideia a um bom modelo de negócios e as suas paixões. Entretanto sofre tendo e implementando várias ideias que não dão certo porque ele ainda acredita que é fazendo mais que se produz mais resultados.

4. Passadas algumas falências, quando chegou neste estágio, o empreendedor compreendeu que o importante é pensar na sua carreira e nos seus negócios a longo prazo. Já testemunhou que 20% das suas ações são as que produzem 80% dos resultados e entendeu que é preciso ter mais do que um bom plano de negócios nas mãos para dar certo. É preciso ter tesão pelo trabalho que faz.

Nos estágios 1 e 2 estamos mais propensos a nos distrairmos com as “oportunidades” que aparecem. Apostamos (não investimos) em empresas, cursos e treinamentos que nos mantém presos na nossa classe social na esperança de que alguém nos dê a fórmula mágica que nos livrará de todos os nossos problemas. Eu já estive nessa posição e sei o que é isso, mas atualmente só invisto em cursos, treinamentos e oportunidades que estejam alinhados com:
- os meus talentos, valores e paixões;
- os meus requisitos para empreender; e
- o planejamento da minha carreira e de meus negócios a longo prazo.

 Já comprovei que não adianta investir em algo fora dos meus talentos, valores e paixões porque sempre vai existir alguém mais apaixonado por aquilo que eu investi do que eu e por conta disso fará um trabalho muito melhor. Se for para adquirir competências em um curso ou um treinamento, que seja algo que eu possa somar a minha carreira para fortalecê-la e não apenas distraí-la.

Além disso, tenho requisitos bastante sólidos para tocar os meus negócios que geram meu conforto. Gosto de trabalhar a maior parte do tempo em casa e não gosto de me deslocar em eventos físicos (reuniões, palestras, cursos, etc.), pois prefiro fazer a maior parte do meu trabalho online, até mesmo gerenciando equipe. Logo, seria improdutivo investir em um negócio que precisasse da minha presença física, seja como empresário, educador, palestrante, etc. Eu não me sentiria feliz desempenhando esses papéis.

 Muitas pessoas não tem um planejamento para suas carreiras e negócios e sequer enxergam como pretendem estar trinta anos à frente nas suas vidas. Por esse motivo elas se distraem investindo tempo e dinheiro em coisas que não irão colaborar com a pessoa que desejam ser no futuro. Você não precisa saber o que você vai ter, mas saber quem você quer ser e como você vai viver no futuro é fundamental, pois é este conhecimento que lhe proporcionará a estrutura emocional e intelectual para negar e aceitar esta ou aquela oportunidade.

Ganhe dinheiro agora e prorrogue o seu amanhã
Evite toda a informação e oportunidade que lhe dê algum “macete” para empreender. Esses “macetes” são temporários e não colaborarão com a construção da pessoa que você quer ser no futuro, a não ser pelo fato que lhe darão experiência sobre o que não fazer para empreender.

 O pior é que geralmente as “oportunidades de ganhar dinheiro” chegam até nós por pessoas que usam argumentos péssimos, porém convincentes para empreendedores que estejam no primeiro e segundo estágio, para nos persuadir a entrar na “moda”. Essas pessoas comentariam sobre este artigo, coisas do tipo: “Esse cara quer te sabotar. Ele tem inveja de você. Ele está perdendo uma grande oportunidade. Não passa de um blogueiro sem conhecimento”. Falariam isso de mim e também de todos os seus amigos e familiares que te pedem um pouco mais de paciência e reflexão para fechar a compra da oportunidade que se apresenta.

 Preste atenção em uma coisa. Aliás, muita atenção.

Quando tomamos uma decisão, seja ela qual for, tendemos a justificá-la de alguma forma para demonstrar que fizemos a melhor escolha.

 No livro As Armas da Persuasão, o autor Robert B. Cialdini relata casos onde mulheres voltaram para a casa onde apanhavam dos seus respectivos maridos ao mesmo tempo em que se justificavam das suas escolhas para seus pais e familiares.

Se você fizer uma breve análise das suas piores escolhas, vai perceber que as justificou um dia com plena razão. Adolescentes são “craques” em fazer isso para justificar suas rebeldias.Se você esta em dúvida em investir em uma oportunidade de negócio, de treinamento ou de curso recomendo antes de mais nada a leitura deste livro, pois ele abrirá os seus olhos a respeito do quão tolos podemos ser neste mundo de distrações.

Toda moda é passageira. Sua carreira não.

 Fonte: http://www.jornaldoempreendedor.com.br/empreendedorismo-na-web/novidades-pela-net/o-que-a-moda-do-ganhe-dinheiro-agora-esta-fazendo-com-o-sonho-dos-empreendedores

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Julie Burstein: 4 lições de criatividade

Nesta palestra inspiradora, a radialista e autora da voz a várias entrevista com pessoas incrivelmente talentosas que achavam que a criatividade cresce quando você presta atenção no mundo ao seu redor, aprende com desafios e vai até os seus limites. Temos que ficar naquele espaço entre o que vemos do mundo e o que esperamos, olhando diretamente para a rejeição, para o desgosto, para a morte.

Margaret Hefferman: atreva-se a discordar

Esta empreendedora serial, autora e colunista da Inc argumenta enloquentemente sobre o senso de que devemos evitar os conflitos. Temos que resistir a unidade neurobiológica que significa que nós realmente preferimos as pessoas que são como nós. Ela diz que as pessoas precisam gastar a energia e paciência se envolvendo com outras pessoas que têm diferentes origens, disciplinas e formas de pensar.

Amy Cuddy: sua linguagem corporal molda quem você é

Da mesma forma que você pode melhorar o seu humor, forçando-se a sorrir, você pode sentir-se poderoso, tomando uma posição que lhe faça sentir mais poderoso. A psicóloga social Amy Cuddy descobriu que as pessoas que adotaram um alto poder de representar, nem que por 2 minutos, eram mais propensas a assumir riscos e tiveram aumento de testosterona, bem como diminuição de cortisol, o hormônio do estresse.

Shawn Achor: o feliz segredo para trabalhar melhor

O psicólogo Shawn Achor funciona como um comediante nessa conversa, durante a qual ele diz que a lente através da qual o cérebro vê o mundo molda a sua realidade. E se nós podemos mudar a lente, não só podemos mudar a nossa felicidade, mas podemos mudar todo resultado educacional e de negócios ao mesmo tempo.

domingo, 16 de junho de 2013

Nova ferramenta do Google para os espaços públicos

Novo comercial do Google, disseminando seu novo produto Hangouts On Air, ressalta as praças e os locais públicos como espaços de grande importância para as sociedades, durante toda história da humanidade.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A marca pessoal é uma ferramenta de liderança


Desenvolver a sua marca pessoal é essencial para o avanço de sua carreira e desenvolvimento como líder

A marca pessoal tornou-se um termo comoditizado que perdeu a sua essência, uma vez que as pessoas têm utilizado de forma irresponsável mídias sociais como uma plataforma para construir sua marca pessoal e aumentar a sua marca pessoal e aumentar a relevância.
As pessoas acreditam que a mídia social pode imediatamente aumentar seu valor de mercado para desenvolver a sua marca pessoal.
Ao invés disso, é preciso reconhecer que o processo de desenvolvimento da sua marca pessoal é uma responsabilidade muito maior, uma viagem sem fim, que se estende bem além das mídias sociais.
Por isso, o conselho, toda presença em mídias sociais precisa estar cuidadosamente alicerçada em cima de intenções e objetivos antes de dar o próximo passo.
Depois disso, a partir do momento em que se iniciar, você precisa continuar com a execução do plano da criação da sua marca pessoal.
Desafie-se a pensar sobre o quais são as suas intenções e o que você pode entregar para as pessoas que você serve – dentro e fora do seu local de trabalho.
Criar uma marca pessoal é sobre fazer um compromisso de tempo integral para a jornada de definir-se como um líder e isso vai influenciar diretamente moldar a maneira como você vai servir os outros.
Sua marca pessoal deve representar o valor que você é capaz de entregar às pessoas consistentemente para quem você está servindo.
Isso não significa auto-promoção. Gerenciar a sua marca pessoal exige que você seja um grande mentor e/ou uma voz que as pessoas podem seguir.
Por exemplo, quando eu escrevo um artigo, estou consciente de que os leitores – a comunidade de leitores – espera uma experiência de pensamento específica sobre aquilo que produzo.
Mais do que isso, o objetivo é atrair novos leitores, oferecendo algo de valor que venha a envolvê-los o suficiente para continuarem acompanhando o trabalho.
Parece uma pressão e uma responsabilidade enorme, não é mesmo?
Em primeiro lugar, é. Mas com o tempo a responsabilidade torna-se uma parte natural e instintiva de quem você é. Esta é a mentalidade que você deve desenvolver e a responsabilidade que você deve assumir no momento que você definir o seu posicionamento de marca (pessoal).
Todos os dias você sabe que precisa suprir uma expectativa das pessoas que te acompanham e que esperam alguma coisa de você.
A marca pessoal precisa ser visto como uma marca registrada, um ativo pelo qual você deve lutar e zelar diariamente. Sua marca pessoal é um bem que deve ser gerenciado com a intenção de ajudar os outros a enxergar os benefícios de ter um relacionamento com você.
O que você tem feito para melhorar a sua marca pessoal?

O que você tem feito para melhorar a sua marca pessoal?

Você já definiu qual é a sua marca pessoal? Você está vivendo de forma consistente a sua marca pessoal todos os dias?

Se você age como a maioria das pessoas, a sua resposta para ambas as perguntas é não.
Com base em uma pesquisa realizada, menos de 15% das pessoas têm realmente definida o posicionamento da sua marca pessoal e, desses, menos de 5% estão vivendo de forma consistente esse posicionamento no dia-a-dia.
Isso acontece porque o posicionamento da marca pessoal pode ser extremamente desafiadora, e exige uma quantidade enorme de autoconhecimento, ação e responsabilidade.
Mas, o que é espantoso é que 70% dos profissionais acreditam que definiram a sua marca pessoal e 50% acreditam que a estão vivendo.
Mas quando começamos a aprofundar sobre a definição de marca pessoal, percebemos que o foco estava totalmente voltado para a autopromoção, em vez do compromisso de servir às outras pessoas.
Então, o que é uma marca pessoal?
Uma marca pessoal é a experiência total que alguém teve ao se relacionar com o que você é e o que representa como indivíduo e líder.
Pense no que isso significa para você. Pergunte a si mesmo e, em seguida peça para um amigo próximo lhe dizer qual é a experiência total de um relacionamento com você.
Anote as 5 coisas que você esperaria que os outros experimentassem ao se relacionar com você e peça para que o amigo faça o mesmo. Se as respostas forem iguais, ponto pra você. Caso contrário, você tem um longo trabalho a fazer.
Toda vez que você está em uma reunião, em uma conferência ou uma reunião de networking, você deve estar atento ao que os outros estão pensando sobre você.
Em primeiro lugar, isso é um pouco mais do que apenas um desafio. No entanto, quando você começar a enxergar a si mesmo como uma marca – que precisa ser coerente, você vai se tornar mais consciente sobre como você se aproxima da marca que está definida com o seu objetivo de vida.
A marca pessoal não é mais uma opção, é um facilitador poderoso da liderança.



Fonte: Jornal do Empreendedor, 09/04/2013.

E se Cristóvão Colombo fosse empreendedor, ele receberia investimento?


Seria difícil convencer o rei da Espanha?

Outro dia estava debatendo sobre como era o empreendedorismo antigamente e como era diferente dos dias de hoje. Imagine se Cristóvão Colombo precisasse de investimento para descobrir a América nos dias de hoje.
Seria algo assim:
- Bom dia majestade, rei da Espanha. Eu tenho uma ideia revolucionária. Vou descobrir um novo caminho para as Índias.
- Sei, como você vai fazer isso?
- Vou navegar para o Oeste
- E quanto isso vai custar?
- Eu preciso de três caravelas, comida e bebida. Eu não sei direito quanto tempo eu vou demorar…
- E você precisa de dinheiro, mas não consegue me calcular o retorno? E se for mais caro do que você imagina? Temos que considerar o risco de o mundo ser plano…Tem gente que acredita nisso. Além de tudo, você pode morrer e isso faz com que o ‘valuation’ diminua…
- Mas majestade, eu tenho tudo planejado, se eu tiver sucesso você vai fazer uma enorme fortuna com o novo caminho para as Índias.
- Me prepara uma planilha com as principais linhas de despesa e receita e uma apresentação para eu levar para o ‘board’
- Ok…
Algum tempo depois:
- Cristóvão, eu falei com o board, e eles aprovaram. Não vai ser tudo o que você pediu, mas dá para tentar
- Obrigado”.
Aí, Cristóvão volta da América e faz outra reunião com o investidor:
- Majestade, eu não descobri o caminho para as Índias, mas eu descobri um novo mundo.
- Então, você falhou!
- Mas majestade, é um novo mundo. Podem ter muitas riquezas. Eu vi ouro em um colar de uma nativa. Preciso de mais recursos para voltar lá.
- Você me pediu dinheiro para ir para a Índia, não conseguiu e ainda me pede mais dinheiro para tentar achar ouro em uma terra que você não conhece. Como você sabe que a nativa não comprou o colar em Paris?
- Majestade, como ela poderia ter ido para Paris?
- Não interessa, não dá para basear uma nova rodada de investimento em um colar de uma nativa. Você falou com ela?
- Ela não fala a minha língua majestade.
- Tá vendo, não temos evidencias de que o modelo de negócio seja sustentável. Dessa vez vai ser difícil o ‘board’ aprovar.
Bom, eu não sou nenhum especialista em história, e tenho certeza que não foi exatamente assim que Cristóvão Colombo descobriu a América, mas eu acho que temos algumas coisas a aprender com ele e com todos os outros empreendedores do passado: eles arriscavam suas vidas em seus projetos. Mesmo sem um plano de negócio elaborado e com pouca evidencia de que o seu projeto podia dar certo, eles iam atrás.
Eles não desistiam de suas ideias facilmente. Os empreendedores e investidores de hoje são muito bitolados no retorno de investimento, na mitigação de risco e na busca de um mercado consumidor. De vez em quando você precisa só das suas próprias convicções para descobrir a América.


Fonte: Estadão PME, 09/03/2013.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

O estilo growth hacking e a importância de se pensar como uma startup


Adotar o estilo growth hacking pode trazer benefícios aos negócios. Entenda como levar o growth hackingpara a cultura da sua organização

Fazer mais com menos. Isso lhe soa familiar? Esta é uma declaração que podemos escutar em todas as reuniões de estratégia e planejamento.
Sim, há momentos em que, quando você puder, deve fazer mais com menos. Mas, fazer mais com menos não é um mantra em si. É uma forma de administração que tenta aumentar a produtividade e otimizar os processos para se ter mais eficiência.
Esta é a maneira pela qual as empresas competem hoje em dia, sem necessariamente pensar como isso vai posicioná-los no futuro.
A inovação e o risco, muitas vezes carregam um custo muito alto para que algumas empresas possam suportar. Isso é mais do que apenas dinheiro ou finanças.
Explorar novas situações também apresenta um custo de oportunidade significativa que pode de fato significar fazer mais com mais, ao invés de fazer mais com menos.

O modelo hacker

O “hacker way” é a ideologia que Mark Zuckerberg há muito emprega no Facebook. É também o nome da estrada que leva ao vasto campus da sede do Facebook em Menlo Park, na California.
Para se ter sucesso nos negócios hoje, você de fato precisa ser um hacker, já que…
Tudo começa com uma mudança de perspectiva e cultura. Às vezes é preciso aprender com uma pequena empresa enxuta, para poder colocar a sua empresa de volta nos trilhos.
As startups são os queridinhos novos da indústria. Twitter, Forsquare, Instagram,Pinterest, Uber, AirBnB são empresas que estão perturbando antigos modelos de negócios, enquanto criam mercados inteiramente novos.
No mundo das startups, ao contrário das grandes organizações, os funcionários não apenas usam múltiplos chapéus, como estão habilitados para se destacarem em cada frente para ajudar a ganhar impulso e, finalmente crescer.
Esse é o clássico intraempreendedorismo. Essa abordagem levam os elementos que representam os pilares que definem o empreendedorismo e tenta celebrá-los dentro de um ecossistema maior.
Growth hacking: a interseção entre marketing e desenvolvimento.
Growth hacking: a interseção entre marketing e desenvolvimento.

Os intraempreendedores são os novos empreendedores

Intraempreendedores repensam e promovem a inovação em processos, desenvolvimento de produtos, marketing, colaboração e em qualquer lugar e em todos os lugares que forem possíveis.
Na comunidade startup, uma das coisas que mais se fala sobre intraempreendedorismo é o papel do hacker de crescimento, ou growth hacking.
Para ser um growth hacking, você precisa ser justamente a pessoa encarregada de fazer mais com menos. A diferença aqui é que os growth hackers encarregam-se de fazer mais com menos, como cortar o modo como as coisas são feitas para encontrar uma maneira rápida de atingir metas.
O que é um growth hacking?
Growth hacking é a arte e a ciência de criar a consciência, a tração, adoção e utilização de meios de defesa não ortodoxas e surpreendente. É literalmente um hacker de processos tradicionais para acelerar os negócios.
Em 2010 Sean Ellis apresentou o conceito no seu artigo “Find a Growth Hacker for Your Startup”.
Em seu artigo, Ellis reconhece a diferença entre o marketing tradicional e o growth hacking no desenvolvimento dos negócios. O problema é que a maioria das startups tenta contratar para as habilidades e experiências que são irrelevantes, deixando de se concentrar nas competências essenciais.
As típicas descrições de trabalho muitas vezes estão carregadas de requisitos genéricos, mas aparentemente necessários, como a capacidade de estabelecer um plano estratégico de marketing para atingir objetivos corporativos, construir e gerenciar a equipe de marketing, gerir vendedores externos e etc.
A melhor definição sobre growth hacking vem através do Quora, e é dada por Andy Johns:
Growth hacking é a ideia de que um empreendedor pode ter uma abordagem inteligente ou não-tradicional para aumentar a taxa de crescimento/adoção de seu produto por hackear processos específicos para fins de crescimento.
O que é conhecido por hackear  hoje, será a definição mais comum do mundo da tecnologia no futuro, porque as pessoas estão acordando para o fato de que o crescimento não se limita a um bom produto.
É claro que, quando você ouve a palavra hacker, provavelmente você entende como invadir redes, ou sequestrar ideias e computadores para acessar seus arquivos e informações.
Mas, hacking ainda é um método de contornar tarefas tradicionais para conseguir atingir uma meta. Para competir com relevância no futuro, os tecnólogos e líderes acreditam que que o futuro do marketing se resume à tecnologia.
Growth hacking parece algo intrigante mas, na sua essência, representa uma homenagem à programação e o respeito à cultura das comunidades online, mídias sociais emobile a fim de influenciar um comportamento diferente.
Em 2012, Andrew Chen, um empreendedor e blogueiro do Vale do Silício descreveu o conjunto de habilidades que serve a corrente growth hacking no notável artigo: “Growth hacking is the new VP of Marketing”.
Essa é a peça definitiva do que se espera, descrevendo a importância, as habilidades, as responsabilidades e os resultados em potencial de crescimento, quando os hackers assumem o papel do marketing.
Este não é apenas uma única função – toda a equipe de marketing acaba sendo influenciada. Ao invés de um vice-presidente de marketing, com um conjunto grupo de não-marqueteiros se reportando a eles, os growth hackers são engenheiros liderando equipes de engenheiros.
Growth hacking é método de contornar tarefas tradicionais para alavancar o crescimento de uma startup.
Growth hacking é método de contornar tarefas tradicionais para alavancar o crescimento de uma startup.

As pessoas são o quinto pê do marketing e a fonte de crescimento dogrowth hacking

A metodologia growth hacking leva pessoas de tecnologia usando tecnologia para atingir o público desejado para conseguir os cliques desejados, conversões e resultados.
Ele está certo. Mas ele está errado sobre as pessoas. As pessoas representam o quinto pê do marketing e é através da empatia em compreender os desafios do mundo real que abrimos as portas para novas oportunidades.
Para ter sucesso nos negócios e continuamente competir no futuro você precisa ter a cultura de intraempreendedorismo para desencadear a inovação dentro da sua empresa.
Lembre-se que isso tem muito menos a ver com fazer mais com menos e muito mais com encontrar ou criar soluções quando os recursos e oportunidades são pequenos e modestos.
Hackear o crescimento não é apenas sobre encontrar novos meios para o crescimento e pegar um atalho, mas sim sobre a descoberta de um meio para um fim, quando os outros caminhos para chegar ao resultado são vazios, medíocres e sem brilho.

Fonte: Jornal do Empreendedor, 01/04/2013.

Remuneração e incentivos em governança corporativa


É muito fácil diminuir o valor de uma organização: basta desenhar um sistema de remuneração equivocado.
O sistema de remuneração e incentivos é uma das mais potentes armas do arsenal de governança corporativa de uma organização. Entretanto, ele tanto pode catapultar os resultados quanto destruir valor caso seja desenhado de forma equivocada.
Importante lembrar que um dos propósitos da governança corporativa é facilitar e estimular o desempenho das organizações, criando e mantendo incentivos que motivem os dirigentes e colaboradores (corporate insiders) das empresas a maximizar a sua eficiência operacional, o retorno sobre ativos e o crescimento da produtividade no longo prazo. Portanto, não é nenhum exagero afirmar que o sistema de remuneração e incentivos determina opadrão de comportamento, e por conseqüência, dos resultados de uma organização.
Jack Welch, o célebre ex-CEO da gigantesca GE, costuma destacar esse fator como um dos mais importantes em sua experiência de gestão. Certa vez, em uma entrevista, perguntado sobre suas práticas de liderança, declarou que liderar é, antes de tudo, remunerar de acordo com o comportamento esperado.
No entanto, uma parcela importante das organizações enfrenta muita dificuldade em desenhar um bom sistema desse tipo. Muitas vezes cometem equívocos que produzem péssimos resultados.
Lembro-me de uma organização que incentivava sua equipe comercial a vender volumes cada vez maiores. A equipe sempre batia as metas de volume. Porém, concentravam seus esforços nos produtos mais fáceis de vender e menos rentáveis. Os novos produtos, com margens mais favoráveis e mais difíceis de vender, simplesmente não decolavam e a rentabilidade da empresa despencava. Ao mesmo tempo a equipe comercial embolsava polpudos bônus.
Portanto, é simples destruir valor em uma organização: basta desenhar um sistema de remuneração e incentivos equivocado. Um bom sistema de incentivos deve estar perfeitamente alinhado com o sistema de gestão da estratégia empresarial e este, por sua vez, deve permear todos os níveis da organização e permitir o estabelecimento de objetivos, metas e indicadores departamentais e individuais, coerentes, consistentes e alinhados com os objetivos e estratégias de negócios da organização.
As empresas que gerenciam de forma adequada sua estratégia de negócios promovem esse alinhamento, estabelecem metas, definem indicadores e acompanham sistematicamente o desempenho e, finalmente, remuneram de forma coerente com a contribuição efetiva de cada departamento ou indivíduo para os resultados.

Fonte: Endeavor MAG, 01/04/2013.
http://www.endeavor.org.br/endeavor_mag/gente-gestao/governanca-corporativa/remuneracao-e-incentivos-em-governanca-corporativa

quarta-feira, 27 de março de 2013

Como estar no lugar certo, na hora certa

Entenda a importância de estar no lugar certo quando os clientes buscam pela sua empresa e a influência disso no resultado das vendas

Em 2005, a primeira página do Wall Street Journal dava a notícia de que a Procter & Gamble havia criado um novo cargo executivo, colocando Dina Howell, uma veterana de 20 anos de empresa e estrategista sênior de marketing responsável pelo setor que a P&G chamou de primeiro momento da verdade.
Esse primeiro momento da verdade (ou FMOT, da sigla first moment of truth, em inglês) é quando o consumidor está na sua loja, olhando para o seu produto, seus preços e comparando você com a concorrência.
Nesse momento, no caso da P&G, todos estão em uma prateleira e, nessa pequena fração de segundos, as pessoas tomam a decisão de comprar você ou seu concorrente.
A P&G sentiu que esse era uma parte tão importante do processo de compras e um cliente que precisava que alguém cuidasse disso.

O momento zero da verdade

Hoje, entretanto, o primeiro momento da verdade tem sido usurpado pelo que o Google chama de momento zero da verdade (ou ZMOT, da sigla zero moment of truth, em inglês).
Isso significa que, mesmo antes do cliente chegar à sua loja, ou talvez enquanto ele está na loja e se aproximando da prateleira do supermercado, ele provavelmente vai procurar o produto que está tentando encontrar, tentando rever suas especificações e características, compará-los com outras marcas e produtos e estudar as opiniões disponíveis e até mesmo consultar a opinião de amigos em suas redes sociais.
Em suma, os consumidores passaram a comprar muitos produtos, todos os dias com o mesmo hábito de consumo, sejam os produtos mais baratos (como sabonetes e pastas de dentes), até os mais caros (como carros, casas e apartamentos).
Nas pesquisas, de 70% a 80% dos consumidores americanos afirmam que verificam os comentários dos produtos antes da compra, fazem pesquisas online sobre os produtos depois de um anúncio na TV e usam um smartphone durante o processo de compra em si.
Esses são eventos ZMOT que representam um campo de batalha totalmente novo para o marketing, publicidade e promoção.
Entenda como o momento zero da verdade influencia em seus negócios
Entenda como o momento zero da verdade influencia em seus negócios.

O impacto do ZMOT

A questão que a sua empresa precisa se perguntar, e responder é: a sua marca está adequadamente representada quando o cliente primeiro quer saber sobre você?
Você está lá quando o cliente pede?
Jim Lecinsky, vice-presidente de vendas e serviços do Google nos EUA escreveu um breve, mas extremamente útil, guia sobre “Como Vencer o Momento Zero da Verdade – ZMOT” detalhando as suas perspectivas pessoais e do Google sobre a melhor forma de estar lá quando os clientes quiserem encontra-lo.
Apoiado por uma pesquisa feita pelo próprio Google, o livro mostra passo-a-passo que uma empresa precisa tomar para garantir que a sua marca aparece da maneira correta nos resultados de busca de um cliente, recebe críticas e menções positivas de outros clientes e oferece uma mensagem de venda mais persuasiva para clientes em torno da compra.
Entre outras coisas, os pesquisadores do livro documentaram o quão rapidamente a combinação de smartphones e mídias sociais estão transformando o mundo e as vendas.

O Google é um comportamento padrão

ZMOT: o Livro. Clique aqui para baixar.
ZMOT: o Livro. Clique aqui para baixar.
Em 2011, por exemplo, a média de consultas antes de se decidir por uma compra era de 10 fontes de informação, contra 5 fontes consultadas em 2010. Hoje, todas as pessoas online consultam pelo menos alguma informação antes de comprar algo às cegas.
Além disso, o percentual de consumidores que consultam as redes sociais (ou seja, a opinião de amigos e outras conexões) antes da compra duplicou durante o período da pesquisa (2010 e 2011), passando de 19% para 37%.
Na minha opinião isso se encaixa muito bem com a proliferação dos smartphones e é a mais uma prova para a demanda crescente de ferramentas de monitoramento e filtros sociais.
As principais atividades sociais online monitoradas pela pesquisa do Google incluem:
  • Obter uma referência online de um amigo.
  • Tornar-se amigo, ou seguidor de uma marca.
  • Ler blogs e fóruns onde o produto foi discutido.
  • Ver menções sobre a marca em redes sociais.
Você pode pensar que a pesquisa do cliente ainda é feita apenas considerando grandes compras, mas isso é um grande equívoco.
A verdade é que os consumidores de hoje fazem pesquisas desde as menores compras.
A decisão de compra de um produto de lavanderia pode demorar mais do que decidir o lugar para passar as férias, mas as pessoas estão investindo seu tempo investigando abas as decisões.
Lecinski enfatiza que o advento do smartphonetablets e dispositivos móveis também têm mudado drasticamente o caráter das buscas online das pessoas para obter informações.
Por exemplo, enquanto 20% das buscas em todo o Google são locais, 40% das buscas móveis são locais.



O que você precisa aprender com isso

Ao estar no topo dos resultados de busca, você permite que as pessoas consigam encontrar você ainda mais facilmente. No mobile, uma queda da primeira para a quarta posição pode reduzir a sua taxa de cliques em 90%.
Apesar de parecer um assunto batido e já passado, o ZMOT ainda é ignorado por grande parte de micro, pequenos empreendedores e profissionais liberais.
Porém, é a internet hoje a grande influenciadora de compras e, a pesquisa pela reputação de uma empresa já se tornou um hábito entre os brasileiros.
A conclusão que podemos tirar com isso é: a sua empresa, seja ela pequena ou grande, precisa estar lá na hora que alguém pesquisa sobre você, preferencialmente com elogios ao seu trabalho.
Caso contrário, se a concorrência, ou as suas reclamações no ReclameAqui aparecem na sua frente, é um péssimo sinal.
A lição de casa é: aprenda a cuidar da sua imagem e reputação online da mesma maneira que você cuida do seu PDV e da fachada da sua loja.

Fonte: Jornal do Empreendedor, 27/03/2013.

http://www.jornaldoempreendedor.com.br/destaques/como-estar-no-lugar-certo-na-hora-certa

10 dicas de finanças para quem está abrindo um negócio


Você já tem uma ideia em mente, recurso financeiro (ou sabe como consegui-lo) e está pronto para empreender? A saúde financeira do seu negócio é crucial para fazê-lo dar certo

Por isto, separamos 10 dicas de finanças para auxiliá-lo na abertura do seu negócio. Confira:

1. O negócio é seu, as finanças da sua empresa não

Saiba separar o pessoal dos negócios, principalmente quando se tratar das finanças. Abra uma conta corrente e tenha um cartão de crédito, se necessário for, exclusivamente para seu empreendimento. Isto facilitará o controle das contas a pagar e a receber, garantindo o total controle do seu fluxo de caixa.
Para evitar confusões não comprometendo o desenvolvimento da sua empresa ou se endividando com as contas do mês, considere reservas financeiras também distintas: capital de giro para investimentos conforme previsto em seu plano de negócios e um montante para arcar com suas despesas pessoais à parte pelo mesmo período.

2. Tenha todos os custos na ponta do lápis

Você passou horas amadurecendo a ideia antes de efetivamente abrir seu negócio. Analisou cada detalhe, montou um plano de ação. Faça o mesmo com os custos da abertura até, no mínimo, os próximos 12 meses ou o tempo previsto até o seu empreendimento chegar ao grau de maturidade.
Desde o primeiro dia do negócio, utilize um software para controle de finanças empresariais. Contemple os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. Se você não puder controlar os custos utilizando uma plataforma mais profissional, comece ao menos utilizando uma planilha e lembre-se de registrar nela toda e qualquer transação.
Não esqueça de englobar os juros e encargos de empréstimos, caso os tenha feito, e a sua remuneração dos funcionários da sua folha de pagamento. Faça ajustes sempre que necessário para que seu orçamento permaneça atualizado. Isto o ajudará a identificar as despesas de médio e longo prazo, além de distingui-las das pessoas.

3. Evite papéis

Controlar sua empresa utilizando papéis significa a necessidade de arquivos físicos e exímia organização, ou seja, mais espaço e mais tempo dependido: custo!
Com o avanço tecnológico e a internet, as transações financeiras se adequaram ao on-line. Hoje é possível efetuar pagamentos, transferências, gerar e enviar faturas de cobrança e controlar a movimentação bancária da sua empresa sem filas, estresse ou perda de tempo.
Também acompanharam esta evolução os documentos fiscais. Notas fiscais ganharam exigências por um formato eletrônico. Desta forma, mantenha pastas organizadas por tipo de transação, ano e mês de vencimento em seu computador e não se esqueça do backup diário. Acessibilidade aos dados é trivial para facilitar a gestão e o controle total das finanças do seu negócio.

4. Estoque é dinheiro parado

Se você enxerga seu estoque como um mero local para armazenagem de mercadorias, você está fazendo isto errado.
Estoque é dinheiro já investido e parado. Claro que você quer dar vazão a este. Mais que isto, é preciso entender que o seu estoque, quando devidamente controlado, é um ativo de inteligência para o seu negócio, funcionando como um termômetro de investimento: produtos com saída lenta ou em pouca quantidade devem ter seu plano marketing e vendas revisto ou devem ser descontinuados (e o inverso também é verdadeiro). Com isto será possível otimizar as vendas e crescer o seu faturamento.

5. Alinhe as contas a pagar e a receber

Existem as datas em que contas devem ser pagas e as de recebimento dos pagamentos pelas vendas efetuadas. Manter o alinhamento entre estas contribuirá com a precisão seu caixa mantendo-o estável (atenção: isto não necessariamente está relacionado ao lucro).
Para isto, além de efetuar pagamentos em dia, cuidados como a avaliação da capacidade de pagamento dos seus clientes é primordial. Antes de concretizar a venda, realize as consultas de crédito padrões (CPF ou CNPJ junto aos órgãos de crédito), avalie as formas e prazos de pagamento (principalmente neste início) e não se deslumbre com grandes pedidos de novos clientes (estes casos requerem mais atenção e, por isto, dê preferência aos pagamentos à vista).
Com o tempo e ganho de confiança você saberá quem pode ter um diferencial no pagamento, seja um maior desconto ou prazo de pagamento. Até lá, além do alertado, tenha uma sobra para cobrir possíveis atrasos, evitando gastos não programados como juros e outras taxas.

6. Fluxo de caixa: sobrar ou faltar é diferente de lucrar ou ter prejuízo

O fluxo de caixa é um controle essencial para acompanhar a evolução do seu negócio através de entradas e saídas por um dado período (o ideal é um controle e análise diários, mas fica a seu critério e modelo de gestão esta periodicidade).
Com este instrumento gerencial é possível ter controle e acesso a informações de toda a movimentação financeira da sua empresa, uma vez que este engloba contas a pagar, a receber, de vendas, de despesas, de saldo de aplicações e todas as demais movimentações de recursos da sua empresa.
Uma análise criteriosa deste fluxo auxilia a maximização do ROI e previsão de sobras e faltas de recursos (dinheiro) para o seu negócio, o que não é necessariamente considerado lucro ou prejuízo.
Dinheiro parado não rende. Por isto, resultados positivos (sobra), quando de fato são analisados todos os custos, devem ser aplicados ou investidos, antecipando o planejamento de médio prazo, por exemplo. Para isto, seu controle de estoque e de vendas serão grandes aliados indicando em que investir.
Já os resultados negativo servirão como sinalizadores para modificação de ações para reverter resultados.
Apenas a longo prazo será possível verificar se esta sobras ou faltas representam lucros ou prejuízos reais. Por isto, fique de olho no fluxo do seu caixa com foco na análise dos resultados. Identificar onde, como e por que seu caixa apresentou resultados positivos ou negativos direcionará o seu negócio.

7. Conte com orientações de um profissional de finanças

Se você não é um profissional da área de finanças, não tem um sócio com esta expertise ou um amigo disposto a auxiliar nestas questões, contrate.
Ter o máximo de orientações de um contador ou administrador é um investimento fundamental para evitar surpresas fiscais e manter seu plano de contas em dia sem se preocupar com o leão.

8. Conheça os aspectos legais para a sua empresa e do seu ramo de atuação

Verifique os aspectos legais necessários para o funcionamento da sua empresa conforme o seu ramo de atuação.
Ter conhecimento sobre tipos de sociedade, registro de contrato social,marcas e nome da empresa, tributação, alvarás e licenças para funcionamento, planejamento trabalhista e cadastros na Receita Municipal, Estadual ou Federal pode evitar dores de cabeça e custos não planejados.

9. Trabalhe com metas e defina indicadores de desempenho

Você sabe aonde quer chegar. Para acompanhar as evoluções do seu negócio, estabeleça metas periódicas para cumprir o planejamento financeiro e defina indicadores de desempenho financeiro para acompanhar o retorno no investimento (ROI).

10. Aja sempre com planejamento

Planejar e avaliar deve fazer parte de um ciclo contínuo para você. Não conte com a fé de que amanhã um cliente pode pagar o que está atrasado ou que um novo pedido de compra chegará para salvar o mês. Isto poderá se tornar uma bola de neve e comprometer o seu negócio.
Por isto, um plano de negócios com um plano financeiro bem desenhado é a melhor forma de não passar apertos e prejudicar o crescimento da sua empresa. Conte com profissionais para fazer ou revisá-lo. Ter controles efetivos o auxiliará nas tomadas de decisão e dará mais segurança para investir.
Seguir estas dicas ajudará no crescimento sustentável do seu empreendimento, além de uma visualização sistêmica do negócio. Planejamento feito e instrumentos de controle preparados? Mãos à obra!

Fonte: Jornal do Empreendedor, 27/03/2013.

http://www.jornaldoempreendedor.com.br/destaques/10-dicas-de-financas-para-quem-esta-abrindo-um-negocio